Biografia

Astrid Salles

Formada pela FAAP – São Paulo, Astrid estudou Música (piano e trompa) e Artes Plásticas em Piracicaba, onde nasceu.

Expõe no Brasil desde 1965 e a partir de 1987 na Europa. Recebeu dois Prêmios Aquisição em Penápolis e Itanhaém. Prêmio Brasil. Extremo Oriente/Taipei, Participando de exposição em Taiwan-Formosa.

Nos anos 80 buscando um tema brasileiro, incentivada pelo sertanista Orlando Villas Bôas, interessou-se pelo universo indígena, em especial, seus grafismos. Seguindo essa temática até os dias atuais.

Foi Júri de seleção de vários salões de arte, dois mapas culturais e júri de premiação do II Salão de Outono da América Latina – SP.

Na Disciplina de Pós-graduação em Fenomenologia da Arte, transformou em grafismos as partituras do amigo Paulinho Nogueira, que tocou ao violão as melodias no auditório do MAC-USP.

A autoconstrução narrativa de uma artista: uma conversa com Astrid Salles

Ricardo Santhiago

ALGUMAS EXPOSIÇÕES E PREMIAÇÕES


1985: Prêmio aquisição Salão de Penápolis – São Paulo.

1987: Realiza a 1ª Individual na galeria Friederich Körning-Schleswig – Alemanha.

Após a mostra, o marchand alemão encomendou 120 telas suas. Parte dessa coleção foi exibida em 1988 no Centro Cultural Vergueiro, antes de seguir para a Alemanha.

1989: Pintou painel durante o Congresso Nacional de Ambientalistas nas arcadas da Universidade São Francisco.

1992: Exposição Individual na Galeria Painen em Berlim – Alemanha.

1994: Duas exposições uma na Galeria Litera et Cetera e

outra e vccm Kunsthaus Kluber em Weinheim – Alemanha.

1997: Exposição Individual na Galeria Painen em Berlim – Alemanha.

1997: Exposição Individual na Galeria Zangbieri em Basel – Suíça Alemã.

1999: A BASF dos EUA adquiriu 5 pinturas para a sede da empresa em New York.

1999: Exposição todos por um / Funarte – São Paulo.

1999: Prêmio Maimeri de Arte / Liceu de Artes e Ofícios – São Paulo.

2000: Exposição os Dez Mandamentos / Espaço Banespa de Arte – São Paulo-curadoria Radhá Abramo.

2000: Exposição Individual em dois espaços / Galeria Ponto das Artes e Galeria no shopping Cente Pinheiros São Paulo.

2001: Exposição Individual O Universo indígena revisitado / Conjunto Nacional – São Paulo.

2002: Exposição Abstratos / Galeria André – São Paulo.

2003: Nos 450 anos de São Paulo, fez exposição individual criando grafismos sobre as melodias compostas para a cidade / Conjunto Nacional – São Paulo.

Essa pesquisa sobre a música paulistana lhe rendeu o prêmio CLIO, capa e reportagem para a revista Show Business Internacional.

2004: Exposição Uma viagem de 450 anos, curadoria Radhá Abramo / SESC Pompéia e Museu do Imigrante – São Paulo.

2005: Exposição Individual Dialogues na Galeria Pro Arte em Kasper / Morges – Suíça Francesa.

2005: Exposição na Galeria do Forte São Francisco em Chaves – Portugal.

2006: Exposição “Alma de Artista” / SESC Pompéia.

2008: Semana Villas Boas / Casa da Rosas – São Paulo.

2009: Exposição “Carnaval é música no Brasil” / Forte Copacabana – Rio de Janeiro.

2011: Exposição “Pequenas grandes obras” – Itinerante / Várias cidades de São Paulo, Porto – Portugal e Milão – Itália.

2013: Exposição “Olhe Brasil” – Feira de Arte / MUBE.

2013/2014: Exposição “O flautista azul e os estandartes” – Individual simultânea com o artista Braz Dias – Curadoria de J.Klintowitz /Espaço Citi – São Paulo. Mostra idealizada por sua esposa Astrid.Salles em homenagem a a seu marido Braz Dias, recentemente falecido.

2014: Salão Araras – São Paulo.

2015: Exposiçã individual “Retalhos dos Passado” / Sede da reitoria da UNESP – São Paulo.

2016/2017/2018: Aniversário de 35 anos da APAP. / Pinacoteca;Santos, Centro Cultural de Bauru, Palácio das Artes na Praia Grande e Memorial da América Latina em São Paulo.

2018: Menção Honrosa 1ª Bienal de Taubaté – São Paulo.

2018: Menção Honrosa Salão de Artes Plásticas – Praia Grande – São Paulo.

2019: Exposição Individual Palácio das Artes / Praia Grande – São Paulo.

2019: Exposição Individual / Galeria Fibra – São Paulo.

2019: Praça Viva / Sítio do Pica Pau Amarelo / Taubaté – São Paulo.

2019: Praça Viva / Cunha – São Paulo.

2019: 16º Salão de Artes Visuais – Ubatuba – São Paulo.


TRECHOS DE CRÍTICAS


‘’...A busca de Astrid Salles é uma revisitação da essência estética que norteou as civilizações da pré-história de nosso país. Ela descobre a arte indígena com olhos eruditos, sem abrir mão de sua cultura e sem destruir com ela, a cultura indígena. Sua abordagem plástica é impregnada de musicalidade, seus elementos compositivos se apresentam na tela munidos de ressonâncias plásticas que combinadas entre si produzem uma música peculiar a cada nação índia que a artista percorre com seus pincéis. Na verdade, desvelam com olhar contemporâneo, um mundo antigo e que urge recuperar, porque chave do conhecimento de nosso passado e da interpretação de nossa formação enquanto povo brasileiro...”

Umberto Cosentino - Associação Brasileira de Críticos de Arte/1986/ Jornal de Piracicaba


“... A artista Astrid Salles encanta-se com os grafismos dos indígenas brasileiros e há muitos anos estuda a simbologia de casa tribo. Suas mãos foram aos poucos assimilando a influência e amadurecendo seu trabalho. Os grafismos hoje aparecem dissolvidos numa técnica sofisticada, mas, permanecem a essência de sua arte. Os materiais naturais acrescentados misturam-se às pinceladas, criando texturas e volumes, na bem sucedida tentativa de se aproximar da beleza rústica e complexa dos índios”.

Marina Bessa, jornalista brasileira-Revista Babel-nº 6- dezembro/2000/ECA/USP/São Paulo


“As obras da artista brasileira Astrid Salles lançam uma ponte entre passado e presente, entre cultura ancestral e civilização contemporânea a fim de estabelecer um diálogo entre ontem e hoje. A artista se nutre das raízes indígenas, aureoladas de mitos e símbolos que ela integra no espaço da tela sob forma de símbolos e de signos gráficos, fracionados ou geometrizados...”

Lia Kasper (curadora da exposição) / Galerie Pro Arte Kasper - Journal Gazette nº 257 /Setembro/2005/Morges/Suiça


“Há um som subjacente nas pinturas e objetos de Astrid Salles. O ritmo visual é tão essencial neste trabalho que cria uma tessitura que estrutura e delimita o seu destino. A razão da aproximação da artista com as formas gráficas da cultura indígena se deve à afinidade com o seu desenho marcante e a capacidade de tornar o signo em símbolo. Os estandartes e objetos-serpentes de Astrid Salles são a expressão marcante desta identificação... Ela os constrói com os elementos que existem ao seu redor, com o diálogo da natureza mítica indígena e a alegria das manifestações populares. Astrid Salles não recupera a cultura mítica, ela simplesmente utiliza os mesmos princípios para inventar o ritmo melódico dos seus objetos”.

Jacob Klintowitz - Crítico da ABCA e AICA (curador da exposição)/set/ 2013/Espaço Citi/S. Paulo


RETALHOS DO PASSADO


A obra plástica de Astrid Salles apresenta elementos que encantam num primeiro olhar.

Um deles está na permanente busca de uma ancestralidade. O universo indígena se faz presente com delicadeza pelo uso de formas, cores e texturas que apontam para permanentes interrogações sobre as origens da brasilidade e da existência.

O trabalho da artista tem como um de seus principais eixos a reconstrução de uma história pautada por aqueles que foram praticamente exterminados, mas que deixaram vestígios na língua e na cultura de modo geral. A partir da recuperação desses traços perdidos no tempo, a obra cresce e ganha novas dimensões. É no estabelecimento de imagens a partir de pesquisas do repertório indígena que Astrid oferta uma caminhada marcada por um saber construído a cada nova pintura ou objeto. Existe a dinâmica de erguer um conhecimento tendo como parâmetro o passado para a construção de um presente plástico que aponte para um novo futuro. Esse mecanismo criativo de olhar para a memória elaborando as próprias paisagens, tendo nos signos indígenas a principal referência, gera uma pesquisa permanente num processo de constante criação da própria caminhada. Os vestígios do tempo ancestral funcionam assim como pegadas a fundamentar um amanhã que se distingue pelo respeito às nossas origens.

Oscar D’Ambrosio é doutor em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e mestre em Artes Visuais pela UNESP. Integra a Associação Internacional de Críticos de Artes (Seção Brasil)


Texto de apresentação da exposição individual de Astrid Salles na Reitoria na UNESP- SP-26/05 a 16/06/2015


Suas obras pertencem a galerias e museus do Brasil e Exterior.

Reside e Trabalha em Taubaté – São Paulo.


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